Objetivo de Desenvolvimento Sustentável 1 – Erradicação da Pobreza

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Garantir o acesso universal à recursos econômicos e serviços básicos é o primeiro objetivo da Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável

Com a missão de garantir um futuro melhor para o planeta e para as pessoas, a Agenda 2030 levou os 193 membros da ONU a se unirem para adotar políticas públicas inovadoras, capazes de transformar nossas cidades, nossos hábitos e nossa agenda global. Incluídos nesse plano de ação, seus 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável mostram o desafio que nossos governos têm em mãos ao apontarem para problemas universais graves e há longo tempo sem solução.

É o que nos mostra o primeiro deles, o ODS 1: Erradicação da Pobreza. Para extinguir a pobreza em suas diferentes formas e dimensões, o Objetivo volta sua atenção para a desigualdade social e para a privação de direitos. Mais do que a simples falta de renda, a pobreza envolve a fome e a desnutrição, o acesso limitado à educação, a exclusão social e a ausência de serviços básicos. Combatê-la é, portanto, uma das mais urgentes ações para garantir meios de vida sustentáveis.

Apesar do ODS abranger cinco metas específicas a serem atingidas até 2030, tudo indica que estamos ainda longe de atingir o objetivo. Isso porque apesar dos números mostrarem que a pobreza extrema tem diminuído, a velocidade com que isso vem acontecendo vem diminuindo. Segundo o mais recente estudo divulgado pela ONU, essa desaceleração foi sentida principalmente no início dos anos 2000: na década de 1990, a redução foi de 36%; em 2010, de 16%; e em 2018, de apenas de 8,6%.

Atualmente, mais de 700 milhões de pessoas – o equivalente à 10% da população mundial – vivem em na extrema pobreza, com menos de US$1,90 por dia. Se a velocidade com que erradicamos a situação for mantida, previsões nos mostram que teremos ainda 6% da população mundial vivendo com dificuldades em 2030. Outros dados divulgados pela ONU revelam que os números são ainda mais graves quando analisados junto a dados como gênero, faixa etária e localização:

  • Uma em cada cinco crianças vive em condições de extrema pobreza;
  • Para cada 100 homens, 122 mulheres vivem em extrema pobreza;
  • A maioria das pessoas que vive em extrema pobreza se encontra na África subsariana;
  • Em 2018, 55% da população mundial ainda não contava com proteção social ou benefícios financeiros.

No Brasil as pesquisas mostram resultados ainda mais alarmantes: o número de pessoas em situação de miséria aumentou, indicando que o país vai na contra-mão dos acordos firmados para a Agenda 2030. Dados divulgados pelo IBGE indicam que 13,5 milhões de brasileiros vivem com renda mensal inferior a R$ 145,00. O índice, o pior em sete anos, é o equivalente à população total de nações como Bolívia, Bélgica, Cuba, Grécia e Portugal.

Como resultado, a desigualdade social no Brasil também atingiu índices alarmantes. No estudo A Escalada da Desigualdade, pesquisadores da Fundação Getúlio Vargas – FGV apontaram que, desde 2014, a metade mais pobre do país viu sua renda diminuir 17,1%, enquanto os 10% mais ricos tiveram a sua renda ampliada em 2,55%. Entre o 1% mais rico, o crescimento foi de 10,11%.

O cenário preocupante mostra a urgência de ações reais e efetivas. Apesar dos ODS não indicarem soluções ou estratégias específicas para serem implementadas, vemos hoje startups, organizações da sociedade privada e instituições se empenhando em criar tecnologias e iniciativas inteligentes que melhorem a qualidade de vida, desburocratizem a agenda pública e tornem os serviços públicos mais eficientes e econômicos – exatamente o que caracteriza uma Smart City.

A Bright Cities tem feito a sua parte e está comprometida em ajudar cidades a alcançarem suas metas para a Agenda 2030. Ao realizar o diagnóstico de um município, sua plataforma utiliza uma série de indicadores alinhados com os ODS para obter dados sobre os serviços urbanos e avaliar suas performances. A partir dessas informações é possível identificar, entre áreas como meio ambiente, governança, tecnologia e educação, quais ações precisam ser melhoradas e quais apresentam resultados satisfatórios aos Objetivos.

Muitos indicadores alinhados com o Objetivo de Desenvolvimento Sustentável 1: Erradicação da Pobreza fazem parte da plataforma Bright Cities. Listamos abaixo alguns deles e contamos porque eles são uma importante ferramenta para identificar, avaliar e guiar cidades em direção aos ODS:

  • Indicador “Porcentagem da população da cidade que vive na pobreza”: os dados coletados são informações-chave para que governos e municípios entendam a dimensão do desafio e criem estratégias de ação voltadas à todas as meta do ODS 1, incluindo a 1.3: “Implementar, em nível nacional, medidas e sistemas de proteção social apropriados, para todos, incluindo pisos, e até 2030 atingir a cobertura substancial dos pobres e vulneráveis”.
  • Indicador “Porcentagem da população da cidade que vive em favelas”: o indicador analisa a quantidade de pessoas vivendo em condições irregulares e orienta cidades rumo à meta 1.5 do ODS: ” Até 2030, construir a resiliência dos pobres e daqueles em situação de vulnerabilidade, e reduzir a exposição e vulnerabilidade destes a eventos extremos relacionados com o clima e outros choques e desastres econômicos, sociais e ambientais”.
  • Indicador “Índice de Desenvolvimento Humano Municipal”: ao medir o grau de desenvolvimento econômico e a qualidade de vida oferecida à população, o indicador apresenta resultados relevantes para que seja atendida a meta 1.a do ODS 1: “Garantir uma mobilização significativa de recursos a partir de uma variedade de fontes, inclusive por meio do reforço da cooperação para o desenvolvimento, de forma a proporcionar meios adequados e previsíveis para que os países em desenvolvimento, em particular os países de menor desenvolvimento relativo, implementem programas e políticas para acabar com a pobreza em todas as suas dimensões“.

A partir dos resultados colhidos com os indicadores, a Bright Cities orienta as cidades a adotar algumas das soluções inteligentes disponíveis em seu banco de dados e incentiva ações concretas para melhorar diferentes contextos urbanos. É caso da Troca, startup que conecta moradores de rua e pessoas em vulnerabilidade à oportunidades de emprego e renda. A iniciativa é prova de que, fazendo o melhor uso da tecnologia, cidades e países podem transformar a vida de quem mais precisa. Acompanhe pela Plataforma de Notícias nossa série especial sobre os ODS, onde explicaremos a fundo todos os 17 objetivos e quais soluções inteligentes existem para cada um deles!

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